sábado, 3 de agosto de 2013

Histórias do Movimento Sindical


Histórias do Movimento Sindical
A origem do sindicalismo tem raízes nas corporações de ofício na Europa medieval.
O fenômeno associativo ocorre no século XVIII, durante a revolução industrial na Inglaterra, quando os trabalhadores das indústrias têxteis, doentes e desempregados, uniam-se nas sociedades de socorro mútuos.
A revolução industrial teve um papel crucial no advento do capitalismo, pois, devido à constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários.
Este excedente é o que ficou conhecido como "excedente de mão-de-obra". Desta forma, 
o capitalista tornou-se dono da situação, detendo o poder de pagar valores irrisórios aos operários.

Neste momento surgem duas novas classes sociais: o capitalista e o proletário. O primeiro, o capitalista, é o proprietário dos meios de produção: (fábricas, máquinas, matéria-prima). Do outro lado, o proletário, que era proprietário apenas de sua força de trabalho.
Diante da disparidade econômica, e da falta de empregos gerado pela revolução industrial, o capitalista podia pagar salários cada vez mais baixos para obter mais lucros, forçando o proletário a trabalhar em jornada extenuantes, de até dezesseis horas diárias.
Como reação à pressão do detentor do capital, o proletariado percebe a necessidade de se associa para poder tentar negociar as condições de trabalho.
É esta reação coletiva que dá surgimento aos sindicatos.

Os sindicatos, portanto, são associações criadas pelos operários, para lutar pela diminuição da desigualdade existente entre o capital e o trabalho.
Durante a revolução francesa surgiram idéias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões.
As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no século XIX.
No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações.
Com a Segunda Guerra Mundial, as ideias comunistas e socialistas predominaram nos movimentos sindicais espanhóis e italianos.
Nos Estados Unidos, o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a Federação Americana do Trabalho (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade.
Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.
As conquistas históricas de direitos dos trabalhadores estão intimamente ligadas à existência dos sindicatos, que conseguiram sobreviver, apesar da intensa perseguição durante o século XVIII e XIX.
No Brasil, as lutas sindicais têm início com o crescimento industrial e o fim da escravidão, no final do século XIX, crescendo e assumindo espaço definitivo na sociedade brasileira a partir das primeiras décadas do século XX.

Nenhum comentário:

Postar um comentário